quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Doação de medula óssea ainda é desconhecida da maioria.

A leucemia atingiu mais de 470 mil pessoas no Brasil no ano passado, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Muitas vezes, a única saída para a cura do mal é o transplante de medula óssea - tecido líquido do corpo humano que ocupa a cavidade dos ossos e que é responsável pela produção dos componentes do sangue.


Entretanto, as possibilidades de se encontrarem tipos de medulas compatíveis são baixas - no Brasil, as chances são de uma em um milhão. Por isso a necessidade de se estimular a doação de medula óssea, ação que aumenta a quantidade de tipos de medula disponíveis para tratamento e pode ajudar a salvar vidas. Com essa finalidade, alguns hospitais mantêm bancos em que pessoas podem se tornar doadores voluntários de medula óssea.
"A chance de encontrarmos um doador compatível dentro de um banco de doadores voluntários está diretamente relacionada ao número de cadastros. Ou seja: quanto mais doadores cadastrados maior a chance de encontrarmos a medula certa", afirma a médica Belinda Simões, vice-coordenadora da unidade de Transplante de Medula Óssea do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP) da USP.

Para que se realize um transplante de medula é necessário que haja uma total compatibilidade tecidual entre doador e receptor. Caso contrário, a medula será rejeitada. Esta compatibilidade é determinada por um conjunto de genes localizados no cromossomo 6. Com base nas leis de genética, as chances de um indivíduo encontrar um doador ideal entre irmãos (mesmo pai e mesma mãe) é de 35%. Quando não há ninguém na família, a solução é procurar um doador compatível entre os grupos étnicos semelhantes. "E no país, a tarefa de encontrar uma medula ideal é ainda mais difícil, devido à miscigenação do povo brasileiro", diz Belinda


Passo a passo para se tornar um doador
Tubo de coleta da amostra de sangue
- Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos com boa saúde poderá doar medula óssea. Esta é retirada do interior de ossos da bacia, por meio de punções, sob anestesia, e se recompõe em apenas 15 dias.
- Os doadores preenchem um formulário com dados pessoais e é coletada uma amostra de sangue com 5 a 10ml para testes. Estes testes determinam as características genéticas que são necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente.
- Os dados pessoais e os resultados dos testes são armazenados em um sistema informatizado que realiza o cruzamento com dados dos pacientes que estão necessitando de um transplante.
- Em caso de compatibilidade com um paciente, o doador é então chamado para exames complementares e para realizar a doação.

 Tudo seria muito simples e fácil, se não fosse o problema da compatibilidade entre as células do doador e do receptor. A chance de encontrar uma medula compatível é, em média, de UMA EM CEM MIL! Por isso, são organizados Registros de Doadores Voluntários de Medula Óssea, cuja função é cadastrar pessoas dispostas a doar. Quando um paciente necessita de transplante e não possui um doador na família, esse cadastro é consultado. Se for encontrado um doador compatível, ele será convidado a fazer a doação.
 Para o doador, a doação será apenas um incômodo passageiro. Para o doente, será a diferença entre a vida e a morte. A doação de medula óssea é um gesto de solidariedade e de amor ao próximo.É muito importante que sejam mantidos atualizados os dados cadastrais para facilitar e agilizar a chamada do doador no momento exato.
O CAEC estará realizando no campus da UTFPR-CM a coleta de amostra de sangue para o banco de dados de doadores, em breve divulgaremos a data e como se dará o procedimento.

Se Você tem interesse em ser doador de medula óssea, preencha o formulário do link a seguir: Formulário de interesse em doação de medula.

Mais informações:
Site do Instituto Nacional de Câncer (INCA)


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